Ativistas, economistas e sociedade civil debatem encarecimento de alimentos básicos

Publicação: 25/04/2024

Iniciativa é do vereador Eliseu Gabriel

Falta de bens essenciais à sobrevivência, a carestia foi tema de um debate sediado na Câmara Municipal de São Paulo na última quarta-feira (24/4). A reunião foi proposta pelo vereador Eliseu Gabriel e contou com a presença de ativistas, economistas, políticos e munícipes, dentre eles a ex-vereadora Lidia Correa, que esteve à frente dos debates.

Segurança alimentar, renda básica e inflação foram os principais pontos discutidos no debate. O movimento contra a carestia já havia sido realizado em outros anos em parceria com Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), e agora, em 2024, retornou com o intuito de contestar o aumento no valor de mercadorias que fazem parte da cesta básica nacional, como produtos alimentícios e de limpeza.

O vereador Eliseu Gabriel, que propôs o evento, parabenizou o debate e destacou a importância de ações como essa dentro do Legislativo paulistano. “Parabéns aos organizadores por essa ação, a retomada do movimento é muito importante porque mobiliza a população num assunto que é tão presente a ela que é a alta no custo de vida, principalmente de alimentos. É preciso dar um basta nisso, ter mais controle, porque para pessoas de classe média baixa há uma dificuldade enorme para se viver”.

Já o coordenador da Campanha contra a Carestia, Antônio Pedro de Sousa, conhecido como Tonhão, explicou o que fundamentou o movimento. “A nossa campanha começou no final de 2021, quando houve uma grande explosão nos preços dos produtos no Brasil. A gasolina, por exemplo, chegou a custar cerca de R$ 9, o litro de leite R$ 8 e o quilo de feijão R$ 20. Aquilo que é básico para as famílias, que é o alimento, continua a subir e isso são coisas que pesam no bolso das famílias paulistanas”, contou.

O debate também contou com a participação de diversos munícipes como Dalva Maria, que é coordenadora do MDM (Movimento pelo Direito à Moradia). A cidadã contribuiu para o debate e expôs o lado da periferia quando o assunto é alta no preço de produtos básicos. “Às vezes as pessoas que não moram na comunidade, que não passam por aquela situação, até podem ouvir falar do que acontece, mas não têm ideia de como é para nós que realmente estamos lá passando por essas dificuldades e por isso é importante podermos reivindicar essas situações”, explicou a ativista.

Confira, abaixo, a matéria produzida pela Rede Câmara e a íntegra do evento.

Com Rede Câmara.