Impactos da poluição sonora na vida da população de São Paulo

Publicação: 25/04/2023

Seminário reuniu especialistas na área para propor soluções

Os impactos do ruído na saúde e no conforto da população foram tema do um seminário realizado na última segunda-feira (24/4) na Câmara Municipal de São Paulo. O evento foi parceria do vereador Eliseu Gabriel, Escola do Parlamento da Câmara, IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Ministério Público e ILP/ALESP (Instituto do Legislativo Paulista da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). Ele fecha um ciclo de palestras que foram realizadas para debater a poluição sonora.

Com o encerramento, uma série de sugestões foram propostas para minimizar os prolemas e trazer qualidade de vida aos munícipes.

Para Eliseu Gabriel, levantar o debate sobre a questão da poluição sonora é de alta relevância. “Esse é um dos maiores problemas da cidade de São Paulo. Eu recebo centenas de reclamações das pessoas sobre o barulho em diversos pontos da cidade e acho que precisamos dar um basta nesta questão dos ruídos, precisamos ter regras e fiscalização”, disse.

A geógrafa e pesquisadora do IPT, Ros Mari Zenha, ressaltou “Todas as informações teóricas pertinentes ao tema foram passadas amplamente no Judiciário, Legislativo municipal e estadual. Junto com a sociedade civil organizada, ao fecharmos esse evento, vamos propor um fórum de debate permanente para que possa resgatar todas as sugestões e contribuições que foram feitas, analisar e começar de fato a propor ações concretas para mitigar esse problema na nossa cidade”, explicou a pesquisadora.

Para o físico e pesquisador Marcelo Aquilino, a poluição sonora deixou de ser questão de perda auditiva e passou a ser problema de saúde pública. “A OMS (Organização Mundial da Saúde) já tem vários estudos epidemiológicos que apontam problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão, problemas cognitivos em crianças. É uma gama de problemas de saúde que a poluição sonora pode ocasionar”, explicou o físico.

Ainda segundo o físico, para reverter esse quadro de poluição de ruídos é necessário existir projetos adequados na fonte causadora. “É necessário que haja projeto específicos para fábricas, locais de lazer e veículos – entre eles, as aeronaves. Além disso, fundamentalmente, temos que conscientizar a população que o ruído é ruim prejudicial à saúde e diante disso a própria população poderá fiscalizar o seu próprio ruído”, disse.

O físico lembrou da Lei nº 17.853/2022 que eleva o índice de ruído na capital para 75 decibéis, que foi sancionada no final de novembro do ano passado, mas ainda não entrou em vigor devido a uma ação judicial. “Segundo a OMS, o índice ideal para não afetar a saúde da população é de 55 decibéis. A cada três decibéis que são aumentados a população sente ele de forma multiplicada. Se elevarmos de 55 para 75 o limite estamos multiplicando em muitas vezes esse ruído, quase mil vezes a pressão sonora no ouvido. É extremamente danoso essa elevação de ruído para as pessoas”, explicou.

Já para o diretor de relações institucionais do Movimento Defenda São Paulo, Sergio Reze, a legislação no combate à poluição sonora é eficiente, no entanto falta fiscalização para o cumprimento da lei. “As leis na esfera municipal, federal e na Constituição estão em consonância com os limites preconizados pela OMS, o problema é que não existe fiscalização no sentido de fazer valer a lei e com isso a sociedade civil fica com o ônus da ausência de Poder Público”, ressaltou.

Apresentando a demanda sobre poluição sonora no Ministério Público de São Paulo, o promotor de justiça do Meio Ambiente, Fernando César Bolque, contou que hoje existe mais de 300 expedientes sobre o assunto sendo tratados na promotoria e inquéritos civis instaurados para apuração de casos específicos, além de outros procedimentos voltados a políticas públicas. “Um dos procedimentos que estamos agindo é na questão do PSIU como atuação e deficiências que o órgão tem. Nós estamos acompanhando essa situação”, contou o promotor, que ainda explicou que a entidade não atua em questões individuais, mas sim em âmbito difuso.

O diretor-presidente da Escola do Parlamento, Gustavo Dias, acredita que o debate pode auxiliar na discussão sobre o tema na revisão do PDE (Plano Diretor Estratégico) que acontece na capital paulista. “Aproveitando o momento de discussão sobre a revisão do PDE, essa discussão pode subsidiar alguma outra decisão que venha contribuir nessa revisão”, destacou.

Fonte: Portal Câmara 

 

Confira, abaixo, cobertura da TV Câmara e a íntegra do evento.

 

 

 

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